sábado, 8 de agosto de 2009

Passagem de tufão

Passagem de tufão deixa 6 mortos em Taiwan
Tufão Morakot é o oitavo a atingir a região na temporada.Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.
O tufão Morakot, o oitavo a atingir a China durante a temporada do verão (hemisfério norte), se dirige para o litoral do país, após ter deixado pelo menos seis pessoas mortas ou desaparecidas e outras 12 feridas na ilha de Taiwan.
Morakot, que significa esmeralda em tailandês, chegou à ilha de Taiwan na noite de sexta-feira (7), onde atingiu veículos e cortou o fornecimento elétrico, informou hoje a agência oficial de notícias "Xinhua". No leste da China, as províncias de Fujian e Zhejiang se preparam para se proteger do fenômeno, que deve chegar à região na tarde de hoje (hora local). O tufão deve se transformar em uma tempestade tropical antes de chegar ao litoral chinês, mas esta manhã ainda registrava ventos de 137 km/h, e avançava em direção noroeste. Em Fujian são registradas há horas chuvas torrenciais na capital, Fuzhou, onde os moradores se refugiaram em suas casas e as estradas estão vazias, depois que os campos de cultivo se inundaram.
Em Zhejiang, as chuvas atingem os 110 milímetros no distrito de Cangnan, e em toda a província 300 mil moradores e turistas foram retirados e 30 mil navios chamados a porto. Mais de 50 mil soldados estão preparados para trabalhos de emergência na província perante a chegada do Morakot. O Morakot atingirá a China depois que a tempestade tropical Goni deixou um morto e 100 marinheiros desaparecidos na ilha de Hainan, sul.

(H1N1)

Tire suas dúvidas sobre a nova gripe
Ministério da Saúde respondeu questões de internautas sobre a doença.Até a noite de terça-feira, 56 mortes foram confirmadas no país.
O avanço nos casos da nova gripe tem causado preocupação e dúvidas. Até terça-feira (28), secretarias municipais e estaduais de Saúde haviam confirmado 56 casos de morte em decorrência da doença no país. Desse total, 19 ocorreram no Rio Grande do Sul, 27 em São Paulo, quatro no Paraná, cinco no Rio de Janeiro e uma na Paraíba.
- Gostaria de saber quais as providências que podemos tomar para proteger nossos filhos na volta às aulas. Outros estudantes da mesma escola foram para a Argentina e Estados Unidos, na viagem de formatura. Não acredito que seja justo nós, pais de alunos que privaram seus filhos do passeio, tentando protegê-los de uma contaminação, termos que colocá-los já no primeiro dia de aula em contato com quem voltou dos lugares que têm registrado muitos casos. Os ministérios da Saúde e da Educação recomendam que os estudantes brasileiros com sintomas de gripe sigam orientações médicas e evitem retornar às atividades escolares até estarem completamente restabelecidos. A orientação tem como objetivo reforçar a prevenção contra a nova gripe, evitando o contágio. Professores e diretores de escolas também devem ficar atentos e orientar estudantes com sintomas a retornar às suas casas. Pais e responsáveis devem levar seus filhos aos postos de saúde ou ao consultório médico de confiança ao perceberem os primeiros sinais de uma gripe, que são febre repentina, tosse, coriza, dores musculares, nas articulações e dor de cabeça. - Disseram que a nova gripe pode ser transmitida para animais como cães e gatos. É verdade? Até o momento não houve relato de caso da presença do vírus em animais. - Gostaria de saber se o medicamento tamiflu já existia ou foi fabricado a partir da existência da nova gripe. O estoque de tratamentos disponíveis no Ministério da Saúde foi adquirido em 2005, época de uma possível epidemia de gripe aviária. O ministério tem medicamento suficiente para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1). O estoque é de 9 milhões de tratamentos em pó. Até o fim de julho, o ministério vai receber mais 150 mil tratamentos. O governo federal esclarece que o estoque de remédios está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). - Estive com gripe durante dois dias, com espirros e tosse, mas sem febre, vômito, cansaço etc. Tratei esse mal-estar com chá caseiro e me sinto curado. Posso ter adquirido o vírus da gripe suína sem perceber? O vírus pode ficar incubado e se manifestar posteriormente? O principal sintoma da Influenza A (H1N1) é a febre. Se você não teve febre, provavelmente teve um resfriado. Os sintomas da gripe aparecem em até dez dias após a infecção. - No meu estado, fala-se sobre a gripe, mas não explicam o que devemos fazer, quais são os procedimentos e quem procurar. A maioria dos óbitos é relativa a pessoas com menos de 60 anos. Será que essa imunização aplicada nos idosos teria ajudado na prevenção do vírus? Por que está tão difícil achar a vacina? Se ela estiver mais fácil do que imaginamos, por que esperar dos estrangeiros? Até este momento, ainda não existe uma vacina. O processo de produção de uma vacina contra a gripe demora entre quatro e seis meses, pelo menos, e primeiro ela tem que ser testada em pessoas. Isso porque podem surgir efeitos colaterais inesperados. Ela pode não proteger adequadamente. Então, temos que ter segurança total de que a nova vacina vai proteger e não causar mais complicações. A expectativa é que, entre outubro e novembro, haja vacinas para serem usadas nos países do hemisfério norte, porque lá vai estar começando o inverno. O governo brasileiro está em contato com todos os laboratórios que estão trabalhando para ter uma vacina, já está perguntando o preço e ofertas de doses. O Instituto Butantan é responsável no Brasil por desenvolver as vacinas contra a gripe comum (sazonal) e estará à frente também do desenvolvimento da gripe contra a Influenza A (H1N1). A vacina a ser produzida no Brasil estará disponível no próximo ano. Além de desenvolver a vacina, o Ministério da Saúde avaliará, junto ao Butantan, a necessidade de comprar vacinas prontas de outros fabricantes. - Não seria melhor se todos usássemos máscaras para proteção contra a nova gripe? O protocolo para enfrentamento da influenza pandêmica em portos, aeroportos e fronteiras recomenda que viajantes que apresentem sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito de doença respiratória aguda grave devem usar máscara cirúrgica desde o momento em que for identificada a suspeita da infecção até a chegada à unidade de referência. Caso não tenha sido possível isolar o viajante que apresenta sinais e sintomas da doença, os passageiros próximos a ele (duas fileiras anteriores, posteriores e as equivalentes laterais) devem receber máscara cirúrgica e utilizá-la durante todo o percurso. - Fiquei gripada há duas semanas e depois descobri que estou com pneumonia. Estou me tratando em casa, mas tenho medo de complicações em relação à nova gripe. A minha pergunta é se posso ter essa gripe e o que devo fazer para que o meu quadro de saúde não se agrave. Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados para prevenir a doença, como lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum. Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência. - Os médicos dizem que o tamiflu deve ser tomado nas primeiras 48 horas do começo da gripe. Mas ele está sendo administrado somente nos casos mais graves. Quer dizer que no começo da nova gripe não se toma remédio e fica passando o vírus a todo mundo até o estado se agravar. Como se toma o remédio dentro do prazo certo se somente é receitado depois de 48 horas? Acredito que há uma incoerência. E mesmo se a pessoa tem suspeita de gripe, o exame conclusivo demora para ficar pronto. Onde fica o prazo de 48 horas para tomar o remédio? A utilização do medicamento fosfato de oseltamivir é indicada a pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave. Os demais terão os sintomas tratados de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, como já foi registrado no Reino Unido, Japão, Hong Kong e Canadá. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que integram o grupo de risco para complicações de influenza precisam de avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o fosfato de oseltamivir [princípio ativo do tamiflu].
- Entre os casos das pessoas que pegaram a nova gripe, tem alguém que sarou? A maioria dos pacientes que foram diagnosticados com a nova gripe já recebeu alta ou está em processo de recuperação.

(H1N1)

Médicos dão dicas para gestantes se protegerem da nova gripe
Maioria das grávidas que pega o vírus se recupera e passa bem.Em caso de suspeita, gestantes devem procurar o médico do pré-natal.
As gestantes são consideradas um dos grupos de risco para a gripe A (H1N1), ao lado de obesos, idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias crônicas, mas os médicos ainda investigam o motivo.
Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que o sistema de defesa do organismo das grávidas é, de fato, mais sensível, mas só isso não explica o grande número de casos. Por isso, eles dão dicas sobre como evitar o contágio
Antes de tudo, é bom deixar claro: a grande maioria das pessoas que pegam a nova gripe, incluindo as gestantes, tem sintomas leves e se recupera totalmente. Mesmo entre os casos graves, a maioria não é fatal, afirma o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O sistema de defesa do organismo (o sistema imunológico) é mais sensível nas grávidas, explica o obstetra José Maria Soares Jr, também da Unifesp.
“Para manter o feto fixado na parede do útero há um pequeno enfraquecimento no sistema imunológico. Não é que ele deixa de funcionar, ele ainda protege a mulher. Ela só fica um pouco mais sensível a vírus e bactérias”, explica o médico.
Pelo mesmo motivo, as complicações de doenças são mais comuns em grávidas. Olzon lembra que outras enfermidades comuns, como catapora e sarampo, são mais perigosas durante a gestação. “O organismo da gestante é mais sensível. Além disso, ela pode sofrer uma perda de nutrientes, que pode deixá-la mais fraca”, afirma.
Essa é uma possível explicação para a maior sensibilidade das grávidas ao H1N1, mas só isso não explica a quantidade elevada de casos, segundo os médicos.
“A verdade é que esse número de casos e de mortes em grávidas está muito esquisito. É maior do que esperávamos e ainda não temos estudos suficientes para entender por que isso acontece”, explica Olzon.
Recomendações
Por isso, os médicos recomendam que as gestantes sigam os cuidados para evitar a nova gripe com diligência.
“Elas precisam fazer as mesmas coisas que as outras pessoas, mas com ainda mais afinco”, afirma Olzon. As recomendações são: evitar aglomerações, lavar as mãos repetidas vezes, evitar cumprimentar pessoas com abraços, beijos e apertos de mão, e tentar manter distância de doentes.
Se não for possível se afastar de alguém com o vírus (por exemplo, no caso de um filho doente), os médicos recomendam que o paciente use máscaras e que a gestante use luvas, lave as mãos depois de encostar e evite deixar o rosto perto da pessoa.
O obstetra afirma que as gestantes não precisam “se trancar em casa”. “Elas podem sair, só precisam ter mais cuidado para evitar aglomerações de pessoas. É bom também evitar o transporte coletivo”, recomenda.
Em caso de sintomas, dúvidas ou suspeitas, os dois especialistas aconselham que a gestante procure o médico que faz o seu pré-natal.
“Se ela estiver com sintomas mais leves, é arriscado ir até o hospital. Ela pode não ter o vírus e acabar se contaminando no pronto-socorro”, orienta Olzon. Se a grávida, no entanto, começar a se sentir muito mal, com febre muito alta e dificuldade para respirar, ela deve sim procurar um hospital rapidamente.
“Os hospitais estão preparados para dar prioridade às gestantes”, diz o infectologista.
Bebê
Se a mãe pegar a nova gripe ela pode passar o vírus ao bebê. Há casos tanto de bebês que pegaram a doença no útero, quanto de outros que nasceram saudáveis, mesmo após a contaminação materna.
“A transmissão pode ocorrer tanto durante a gravidez quanto na hora do parto”, afirma Paulo Olzon. “Isso não significa, no entanto, que se a mãe teve um caso grave, o bebê terá um caso grave. Uma coisa não tem a ver com a outra. A criança pode apresentar sintomas leves, por que a maioria dos casos é bastante leve”, explica o médico.
Além disso, se o bebê nascer com o vírus os médicos vão medicá-lo logo após o parto, reduzindo os riscos de complicações.